Psicóloga Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos
Psicoterapeuta de Casal e Família

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Situação Económica e Mal-Estar Psicológico


A crise económica e financeira mundial levou a uma deterioração da situação de vida de uma grande parte da população. Mais do que a efectiva diminuição da qualidade vida económica, observa-se hoje uma diminuição da estabilidade emocional e afectiva das pessoas mas que se revela mais notória nos comportamentos.

Apesar de certo que os fatores de instabilidade externa e da realidade social, como o aumento do desemprego, provocarem uma ansiedade generalizada e sentimentos de desmotivação e impotência face à situação, o que também é certo é que em grande parte dos casos são os recursos e dificuldades internos de cada indivíduo que não permitem encontrar alternativas.

Por exemplo quando alguém se sente desmotivado e com baixa auto estima, no entanto, consegue compensar-se através de um novo Telemóvel ou LCD, pelo menos durante algum tempo sente-se reconfortado (uma das provas desta situação é que, apesar da tal crise económica, as empresas de tecnologias continuam a lançar novos “brinquedos” e não parecem correr riscos de falência). Mas atualmente com a situação económica e social que se atravessa este tipo de compensação torna-se cada vez mais difícil e leva a que haja uma maior manifestação das dificuldades de cada pessoa.

A desilusão face a uma realidade social não reconfortante e pouco ou nada recompensadora reforça uma apatia depressiva que inibe e desmotiva a pessoa a tomar um rumo satisfatório da sua vida, ficando muitas vezes dependente de outros, o que reforça o seu mau estar, desmotivação e de passividade face à situação.

É pois nestas alturas que surgem mais sintomas de patologia mental ou de mau estar psicológico. Não que estes já não existissem anteriormente. O que parece acontecer nestas fases é que já não são viáveis certas compensações, nomeadamente a aquisição de bens materiais, assim como são mais presentes os “fantasmas” da perda de controlo e da incapacidade e impotência face à própria vida.

“Aparecem” então as Depressões, a baixa Autoestima, situações de Ansiedade Generalizada. Apesar de muitas vezes poder ser difícil ou haver resistência para recorrer a técnicos especializados, o que é verdade é que dificilmente sozinho se consegue arranjar recursos para resolver estas situações. Na maior parte das vezes há uma cíclica repetição do modo de funcionar e que leva a uma repetição dos sintomas de instabilidade e mau estar psicológico, oscilando a vida da pessoa entre fases de bem-estar e fases de mal-estar numa vida que não se equilibra.

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