Psicóloga Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos
Psicoterapeuta de Casal e Família

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
Membro da POIESIS - Associação Portuguesa de Psicoterapia Psicanalítica de Casal e Família
Membro da AIPCF - Associação Internacional de Psicanálise de Casal e Família
Membro da EFPP - Federação Europeia para a Psicoterapia Psicanalítica


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Ansiedade ou Sinal de Alerta?


Os ataques de ansiedade ocorrem de uma forma muito complicada. A maioria dos pacientes queixa-se de não poder respirar, estar prestes a desmaiar ou ter uma sensação de que isso vai acontecer e tudo isso com suores ou tremores.

A tendência natural aquando do aparecimento é a justificação com situações atuais da realidade e que, realmente, podem ser gatilhos para tal situação. No entanto, é uma ativação de sentimentos e emoções que já lá estavam mas camuflados ou controlados e não emergiam com tanta intensidade.

Atualmente, nesta situação de pandemia, qualquer dos leitores se estiver atento percebe que reagirá às exigências que o estado das coisas nos faz de modo muito semelhante a outras situações da sua vida. A intensidade é que poderá ser maior ou menor dependendo do grau em que sente as imposições da realidade atual.

Para a Psicoterapia Psicanalítica, o que na linguagem comum é conhecido como a ansiedade é, na verdade, um conjunto de sintomas em relação à ansiedade. Esta angústia é sempre um sinal de que algo está a manifestar-se.

Ao contrário de outras psicoterapias que visam o controlo dos sintomas, a Psicoterapia Psicanalítica vai além do sintoma, procurando e tornando consciente a origem deste sintoma, que, consequentemente, permite à pessoa aprender a lidar com a ansiedade de forma adequada e sem o sofrimento incapacitante.

No que hoje é tipificado como ansiedade pode ser encontrada uma lista de sintomas que vão desde uma sensação subjetiva do corpo sem nenhum motivo aparente e que produz uma sensação de estranheza até perda de sono, preocupação excessiva com coisas aparentemente simples ou sem importância, etc., e que podem provocar a incapacidade de desempenho das atividades diárias ou trabalho.

Tudo isto é apresentado ao sujeito acompanhado por um desconhecimento das causas que motivam. Na Psicoterapia Psicanalítica propõe uma abordagem diferente a este conjunto de sintomas, onde as perguntas que estão sem resposta ou talvez até mesmo nunca tenha feito são pensadas. As relações familiares e sociais são refletidos ​​e uma longa lista de assuntos são articulados com cada pessoa durante a psicoterapia.

Quem passou pela experiência de uma Psicoterapia Psicanalítica sabe que depois de algum tempo, e de forma diferente para cada indivíduo, os sintomas que o/a levaram à Psicoterapia Psicanalítica desaparecem.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Condições para a realização das Consultas Online




As consultas online são realizadas sob as mesmas regras das consultas presenciais e de acordo com o Código Deontológico da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

  • Marcações: Através do n.º 924 064 999 (caso a sua chamada não seja atendida, a mesma será devolvida o mais breve possível). Neste primeiro contacto serão esclarecidas todas as questões relativas às consultas, como duração, valor, horários, condições, e outras que sejam consideradas pertinentes.
  • Funcionamento: 
    • As consultas são efetuadas através de Skype ou Whatsapp, ou outra plataforma considerada adequada. 
    • As consultas online funcionam da mesma forma que as consultas presenciais: 
    • Iniciam-se à hora marcada e terminam à hora, devendo o cliente(s) ligar para iniciar a consulta. 
    • As consultas individuais têm a duração de 50 minutos. 
    • As consultas de Casal e Família têm a duração de 1 hora. 
    • O cliente(s) deverá encontrar-se em local seguro, isolado e com as condições confortáveis para a realização da consulta. 

  • Pagamento: o pagamento deverá ser efetuado antes até 1 hora antes da consulta, através de transferência bancária, com envio do comprovativo para o email: patriciaseguradonunes@gmail.com

Qualquer outra questão é tratada diretamente.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Consultas em tempos de Isolamento


O momento que atravessamos exige de todos uma resistência psicológica e física acima do que habitualmente estaríamos habituados.

Assim sendo, e por isso mesmo, é provável que se descubram sentimentos, emoções ou comportamentos de se desconheciam ou já estariam presentes de forma menos intensa. Claro que, se por um lado, poder-se-ão descobrir recursos e forças que pensávamos não possuir, da mesma forma, poderão vir ao de cima angústias, ansiedades, medos, terrores, sentimentos depressivos, de pânico e aflição que eram desconhecidos.

É essencial recorrer a ajuda técnica nesta altura, quando o sintomas se manifestam. Ainda que, no calor do momento, e com a necessidade de controlar outras situações, não se dê atenção a estas problemáticas, o que é certo é que poderão surgir daí situações mais graves, como quadros de grande depressão e ansiedade, sintomatologia de stress pós-traumático, que podem ser impeditivos da vivência pós pandemia, ou mesmo de fazer face às circunstâncias atuais.

É do conhecimento geral que estamos “obrigados” a um isolamento social, no sentido de controlar a pandemia, no entanto, isolamento não tem de ser necessariamente solidão.

De modo que manteremos o apoio e o trabalho psicoterapêutico, ainda que com recurso a meios de mediação. Neste sentido, as consultas de Psicologia e as sessões de Psicoterapia, quer seja individual (adolescentes e adultos), quer sejam de casal e família, mantêm-se em regime de online.

Apesar de ser um recurso necessário nesta fase, já é há muito utilizado e tem provas dadas, uma vez que permite o acesso à Psicologia, e acima de tudo à Psicoterapia a pessoas que não o teriam de outra forma, fosse pela distância de profissionais da sua língua, fosse por não haver especialistas em Psicoterapia nas áreas de residência, ou outras razões válidas para utilizar esta solução.

terça-feira, 24 de março de 2020

Vivências em tempos de crise


Nos tempos que correm, muitas são as angústias que vêm ao de cima. A incerteza de algo quase desconhecido e perigoso produz uma insegurança que há muito o ser humano não estava habituado.

O panorama atual obriga-nos ao confinamento, que por sua vez nos obriga a uma rotina diferente e com consequências que podem bastante aflitivas.


Quer seja pela obrigação, de estar em casa sozinho, quer pela convivência com uma família omnipresente, é natural surgirem angústias e fragilidades adormecidas que noutro contexto não surgiriam com a mesma intensidade ou estariam disfarçadas pela possibilidade de “fuga”.


Um artigo do jornal da Universidade de São Paulo cita Christian Dunker, psicanalista brasileiro, que nos fala que vários pacientes com algum tipo de depressão lhe disseram que agora as coisas estavam melhores, pois antes da quarentena era muito difícil sair da cama ou de casa e agora não precisavam mais se preocupar com isso, podiam passar o dia de pijama, demorar mais para sair da cama, etc. Por isso, alerta que, no caso dessas pessoas, o que agora está sendo sentido como um relativo alívio, pode se tornar potencialmente mais grave com o passar do tempo.

Ao mesmo tempo, pode acontece haver estados de ansiedade, perturbações do sono, zanga, ou cansaço entre outros que se manifestam. E apesar de em determinadas crises de vida serem reactivadas sensações, emoções e sentimentos já experienciados anteriormente, no contexto atual, e devido à grande incerteza e ao perigo simbolizado por uma situação de pandemia, a intensidade com que emergem estes aspectos é consideravelmente maior.


Torna-se por isso importante identificar este tipo de sintomatologia, o seu significado e procurar ajuda quando necessário, pois sendo algo que nos atinge a todos, é natural que apareçam conflitos, quer internos, na relação consigo próprio, quer externos, nas relações com outros, o que dificulta ainda mais a tolerância a esta experiência.





No momento que atravessamos, em que os afetos têm de ser à distância, revela-se por isso a importância das relações humanas como defesa contra este inimigo comum e como forma de equilíbrio da saúde.

O que é a Psicoterapia Psicanalítica?



A psicoterapia psicanalítica é uma técnica terapêutica criada e desenvolvida a partir da Psicanálise, constituída por Sigmund Freud como uma teoria do funcionamento psíquico. Esta técnica promove no Cliente a aprendizagem do pensar livremente sobre os problemas que manifesta, tanto ao nível do seu mal-estar interior como nas questões difíceis de resolver da vida quotidiana, sem (pré) conceitos pessoais ou constrangimentos sociais.


No espaço terapêutico não existem juízos de valor ou condenações, permitindo-se que o Cliente fale livremente sobre as suas questões, sem prévia escolha de assunto nem censura de qualquer tema, não ocorrendo qualquer censura ou orientação do terapeuta nesse sentido; a função do terapeuta é interpretar o discurso do paciente, ou seja, propor novos sentidos e novas leituras para o mesmo.


A relação entre Psicoterapeuta e Cliente é confidencial e pode continuar por meses ou mesmo anos. Os objectivos da Psicoterapia Psicanalítica são sobretudo a obtenção de maior compreensão interior, o enriquecimento pessoal dum ponto de vista afectivo e cognitivo dos conflitos que o assaltam e em que o próprio encontrará, em conjunto com terapeuta, soluções e novos modos, mais positivos, de se relacionar consigo e com os outros.

Quando devo consultar um Psicoterapeuta?




É uma questão pertinente e que actualmente se coloca frequentemente. Muitos procuram respostas nos técnicos de saúde mais próxima, outros consultam a internet e em livros ou revistas. A verdade é que se procuramos respostas a esta questão é porque provavelmente existe algo connosco ou com alguém que nos é próximo que gostaríamos de compreender. Este facto é, por si só um indício para consultar um Psicoterapeuta. Não existe, no entanto, uma resposta correcta à questão.


Várias serão as razões para realizar uma Psicoterapia: porque não estou satisfeito(a) comigo próprio(a) ou com qualquer situação de vida e isso afecta o meu funcionamento, se sinto que necessito falar com alguém sobre os meus problemas sem que haja recriminações, julgamentos ou opiniões subjectivas, ou simplesmente porque me quero conhecer e compreender melhor.


Assim, mais importante do que as considerações ou razões gerais que se possam apontar, são as motivações de cada pessoa. O que é relevante é o sofrimento ou a instabilidade do próprio indivíduo e as limitações que estes provocam na sua vida, tanto a nível familiar, profissional ou social ou mesmo as dúvidas que surgem em algum momento da nossa vida.​

A Eficácia da Psicoterapia Psicanalítica


"A eficácia da Psicoterapia Psicanalítica"

Artigo de Jonathan Shedler da University of Colorado Denver School of Medicine



Na sequência da minha prática clínica parece-me importante referir o desconhecimento face à técnica Psicanalítica e as dúvidas levantadas por alguns pacientes e outras pessoas sobre os resultados deste tratamento.
Estas dúvidas, apesar de cada vez menos frequentes, são bastante legítimas. Penso que é característico da espécie humana uma grande curiosidade face ao desconhecido, no entanto, e por ser algo novo, cria sempre algum receio. Claro que o receio será maior ou menor de acordo com as características de cada um.
No caso da Psicoterapia surge também esta ambivalência, em que se por lado existe uma consciência de uma necessidade ou de uma curiosidade sobre o próprio mundo interno, existe, em simultâneo, um receio.
Outra das questões que ocorre também é relativa ao tempo de duração destes processos. Como já referi anteriormente, não se tratam de processos rápidos mas têm, com toda a certeza, efeitos mais profundos e duradouros que terapêuticas mais focalizadas num sintoma ou farmacológicas.
Efectivamente existem estudos publicados recentemente pela American Psychologist que comprovam a eficácia deste tipo de terapias confirmando as mudanças significativas e o crescimento pessoal dos que a elas recorrem.

Ansiedade ou Sinal de Alerta?

Os ataques de ansiedade ocorrem de uma forma muito complicada. A maioria dos pacientes queixa-se de não poder respirar, estar prestes a d...