Psicóloga Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos
Psicoterapeuta de Casal e Família

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
Membro da POIESIS - Associação Portuguesa de Psicoterapia Psicanalítica de Casal e Família
Membro da AIPCF - Associação Internacional de Psicanálise de Casal e Família
Membro da EFPP - Federação Europeia para a Psicoterapia Psicanalítica


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Perturbações Psicológicas Infantis que se manifestam no corpo



As Crianças e os Adolescentes por vezes experienciam dificuldades ao longo do seu crescimento. Se, maioritariamente, os desafios do desenvolvimento pode resultar em crescimento emocional, para algumas crianças e adolescentes lidar com estas dificuldades, como a perda de pessoas significantes, separação dos pais, divórcio, violência familiar, internamentos hospitalares ou pressões académicas e sociais, pode trazer consequências. 

As crianças respondem de formas diferentes ao Stress. Algumas podem ajustar-se e lidar com a situação de forma adaptada e satisfatória, outros podem dar um passo atrás e tornarem-se zangados, tristes ou com medo, e alguns podem expressar a sua reação em queixas físicas. 

As crianças que expressarem os problemas emocionais através do corpo fazem-no porque não conseguem ou não aprenderam a demostra-los de outra forma. 

Se as dificuldades da Criança e Adolescentes forem contínuas e com intensidade durante um período de tempo prolongado, com fisiológicas e alterações físicas, o corpo pode reagir sob a forma de doença física é necessário recorrer a ajuda profissional especializada. 

Como se diferenciar distúrbios psicossomáticos dos não psicossomáticos? 

É importante considerar uma perturbação psicossomática quando uma criança ou adolescente repete sintomas semelhantes ou diferentes sintomas em situações semelhante. Por exemplo, constipação, vómitos e diarreia sem nenhuma causa física aparente, ou o exemplo em que fica doente antes de situações de separação dos pais como primeiros dias de aulas ou em situações de mudança ou de convívio social. 


Quais são os sinais mais comummente relatados por crianças e adolescentes são:

  • Dores de cabeça
  • Dor de estômago e desconforto abdominal
  • Com as alterações hormonais da puberdade, ansiedade e preocupação, cansaço, perda de apetite, dores e dores são sintomas frequentes, mais prevalentes em meninas do que meninos
  • Sintomas que imitam neurológica distúrbios, tais como visão dupla, dificuldades no equilíbrio e na coordenação, paralisia ou convulsões
  • Imaginam deformidades físicas ou defeitos
  • Dor nas costas
  • Fadiga
  • Músculos doridos
  • Problemas académicos, a recusa da escola, isolamento social, ansiedade e problemas de comportamento que muitas vezes a acompanham. 


O que fazer quando esses sintomas se repetem? 


Consulte o pediatra, para fazer o despiste de problemas físicos e um Psicólogo ou um Psicoterapeuta para avaliar os vários fatores que podem causar estes sintomas e considerar a necessidade de acompanhamento.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O primeiro dia de escola: dificuldades em lidar com a separação





Um assunto frequentemente falado nesta altura do ano é o primeiro dia de aulas mas apesar disso continuam, por vezes, a existir dificuldades em lidar com este início. A verdade é que o enfoque é colocado, na maior parte das vezes, nas crianças, no seu comportamento, nas suas dificuldades de se separar dos pais ou então até é entendido como normal passar por estas dificuldades.

Pois estas dificuldades podem ser naturais se não se prolongarem no tempo, no entanto, nem sempre isto acontece. Por vezes o comportamento muda e as dificuldades deixam de acontecer da mesma forma mas podem manifestar-se de outra, ou seja não desapareceram. Por exemplo uma criança que inicialmente gritava pela mãe quando colocada junto da professora e que posteriormente passa a ficar sossegada na escola aguardando pacientemente a hora da saída. Isto poderá ser indicativo de uma mudança de comportamento mas não de uma satisfação e adequação à escola.

O que acontece muitas vezes, e me parece importante pensar, é o modo como os pais observam e lidam com estas dificuldades. Na maior parte dos casos verifica-se também que a situação de separação face à criança também é muito difícil para os pais. O ser natural ter dificuldades no primeiro dia de aulas para um pai pode significar que isso também lhe aconteceu a ele e não propriamente que isso seja saudável para a criança.

É importante por isso que os pais reflitam nos seus próprios sentimentos e vivências anteriores de separação percebendo o que está implicado nestas dificuldades. No caso de haver dificuldades que se repetem convém procurar ajuda técnica, quer na escola, discutindo com a educadora ou professora sobre o assunto, ou recorrendo a um técnico de saúde.


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Psicoterapia Psicanalítica - O que é? Como é? Quem é um Psicoterapeuta Psicanalítico?



O que é?

Psicoterapia Psicanalítica é uma modalidade de tratamento que utiliza as teorias psicanalíticas como quadro para a formulação e compreensão do processo de terapia. Essas múltiplas técnicas aplicam-se à situação de terapia, com foco no aumento da auto-compreensão e aprofundamento da capacidade de pensar sobre questões emocionais e conflitos que estão na base das dificuldades.

Normalmente terapeutas fazem uma análise dos pensamentos e sentimentos inconscientes que podem estar relacionados a conflitos emocionais subjacentes e que obstruem a consciência emocional e uma adequada análise das situações de vida.

Como é?

O foco é a investigação da experiência interior do paciente e compreendendo como esta influencia a vida da pessoa e como eventos e relacionamentos significativos e influentes do passado se manifesta no contexto atuais.

A eficácia da psicoterapia psicanalítica, muitas vezes referida como a psicoterapia psicodinâmica, tem sido bem documentada .


Quem é um Psicoterapeuta Psicanalítico?

Os Psicoterapeutas (psicólogos, médicos, entre outros) que praticam a psicoterapia psicanalítica partilham uma orientação comum sobre como avaliar e tratar problemas emocionais. Os Psicoterapeutas Psicanalíticos têm uma formação intensiva e muito extensiva, com uma formação complementar para além da sua pós-graduação ou licenciatura de modo a aprofundar e ampliar suas habilidades.


Quem pode se beneficiar de Psicoterapia Psicanalítica ?

É importante ressaltar que a psicoterapia psicodinâmica pode ser um tratamento eficaz ou componente de um tratamento combinado para uma ampla gama de dificuldades emocionais e psicológicas. Isto inclui todas as pessoas, de todas as idades e com muitos diagnósticos.

In http://www.apsa.org/About_Psychoanalysis/Psychoanalytic_Psychotherapy.aspx

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Eficiência da Psicoterapia Psicanalítica face a outras Terapêuticas





Actualmente as dificuldades económicas e as exigências sociais fazem com que se procurem curas rápida de sintomatologia, recorrendo na maior parte dos casos a métodos de tratamento no aqui e agora. A busca de tratamentos farmacológicos e terapias que prometem resultados praticamente imediatos é disso prova.

O tratamento da Depressão e de outras dificuldades emocionais através de métodos comprovados por meio estatístico muitas vezes dá informação parcial sobre estes tratamentos.

Claramente a depressão não é uma doença para a qual a eficácia do tratamento é melhor determinada por estudos controlados de curto prazo, pois nestes casos os resultados importantes foram marginalizados.

Quando são realizados estudos mais amplos e longos no tempo as vantagens da Psicoterapia Psicanalítica torna-se evidente e revela elevadas associações com a redução dos sintomas depressivos e melhorias na qualidade de vida social, trabalho e pessoal, bem como menor casos de recorrência da sintomatologia.


Texto baseado no artigo “Psychoanalytic and psychodynamic therapies for depression: the evidence base” - David Taylor (consultant psychotherapist at the Tavistock & Portman NHS Foundation Trust-London)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sobre Psicanálise




Originalmente baseado no trabalho de teoria da personalidade de Sigmund Freud, a psicanálise contemporânea tem sofrido muitas mudanças e é, ainda hoje, uma poderosa forma de terapia. A psicanálise e a psicoterapia psicanalítica foca os pensamentos e sentimentos inconscientes que determinam o comportamento, os vários estados de humor e sua interferência nas relações interpessoais. Tanto a terapia psicanalítica como a psicanálise são conduzidas por um profissional treinado e com habilitações específicas que ajudam a explorar os conflitos da mente e as fontes de perigo da sua vida emocional.

Os muitos problemas que levam as pessoas a uma psicoterapia podem ser abordados em maior profundidade na psicoterapia psicanalítica: sentimentos de depressão, problemas de relacionamento, confusão de identidade, a experiência da perda, as dificuldades de uma família de origem. Questões de longa data que nunca parecem chegar a uma resolução confortável, na maior parte das vezes são melhor abordados em psicoterapia psicanalítica e psicanálise.

Para algumas pessoas, no entanto, pode haver um desejo de "ir mais fundo". Assim, é necessário um compromisso que exige a pessoa se comprometa com sessões 3-4 vezes por semana. Na psicoterapia psicanalítica e psicanálise, com o tempo e com a intensidade das sessões mais frequentes promove-se uma compreensão mais abrangente de si mesmo.



Entrar neste tipo de compromisso pode parecer assustador. É um processo árduo, porém o processo de tratamento psicanalítico é profundamente gratificante e transformadora.

terça-feira, 29 de abril de 2014

A Depressão escondida…




 O sinal mais óbvio e típico de depressão é realmente o estar triste. A pessoa que está deprimida pode dar por si a chorar mesmo quando parece não haver razão para tal ou pode não conseguir chorar quando um acontecimento verdadeiramente triste ocorre. As alterações no sono podem estar patentes, tanto na incapacidade em adormecer como no sono excessivo, assim como o cansaço sem razão aparente e as alterações de apetite, com aumento ou diminuição do mesmo. Mas tudo isto são sintomas observáveis.


A depressão não se resume aos sintomas observáveis e vulgarmente assinalados. A sintomatologia depressiva está associada acima de tudo a sentimentos e emoções, muitas vezes difíceis de declarar pelas pessoas, uma vez que a pessoa que está deprimida se vê a si e aos outros de modo negativo, evidenciando sentimentos de desvalorização e incapacidade, bem como desmotivação e desconfiança que não permite que confie na possibilidade de ajuda do outro, nomeadamente, porque se culpabiliza pelas suas dificuldades.


Muitas vezes, e ao contrário do que se divulga, alguém deprimido pode não manifestar tristeza quando se encontra na presença dos outros. Os sintomas depressivos estão, não poucas vezes, mascarados por comportamentos de aparente sobrevalorização, hiperatividade, adições a substâncias e outros que se tornam compensatórios das suas dificuldades.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Fobias



Quando surge em conversa o assunto fobia ou medo é comum reduzi-lo a fobias específicas como medo de animais selvagens, andar de avião ou mesmo a fobia social, associada ao contacto com o público.Mas na verdade, as questões relacionadas com as fobias são muito mais vastas e podem ser bastante impeditivas de uma vivência saudável e livre.
A fobia, ou melhor, o medo e a desconfiança afasta o sujeito dos outros, impede-o de prosseguir relações, actividades e pode culminar no total isolamento social.
Este tipo de patologia passa normalmente desapercebida e referimo-nos a timidez ou retraimento ou na pior das hipóteses a “mau feitio”, uma vez que a pessoa vive de forma funcional, realizando, na maior parte dos casos, as tarefas do dia-a-dia de forma adequada.
Apesar desta aparente adaptação à realidade social as dificuldades em estabelecer relações sociais levam a que surjam sintomas depressivos e que consequentemente maior isolamento.
É bastante comum que as pessoas procurem exactamente uma Psicoterapia com a queixa de sintomas depressivos, até porque o volume de informação em relação à Depressão é muito maior, no entanto, ao longo do Processo Terapêutico, as questões fóbicas surgem. Situações como faltas às sessões ou o abandono pode ser exemplos de evitamento da relação, neste caso com o Psicoterapeuta.
É precisamente nestes momentos que é necessário a continuação do Processo Terapêutico de modo a trabalhar esta sintomatologia de forma a modificar o funcionamento patológico e repetitivo.

Ansiedade ou Sinal de Alerta?

Os ataques de ansiedade ocorrem de uma forma muito complicada. A maioria dos pacientes queixa-se de não poder respirar, estar prestes a d...