Psicóloga Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos
Psicoterapeuta de Casal e Família

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Neurose Obsessiva




 O termo NEUROSE OBSESSIVA indica uma condição na qual a mente da pessoa é invadida (contra a sua vontade) por imagens, ideias ou palavras. Esta patologia, conhecida como Perturbação Obsessivo-Compulsiva é um problema que afecta muitas pessoas e de formas diferentes. Por vezes não é perceptível ao olhar comum mas noutras situações há uma recusa em aceitar que existe um problema.


O que é a NEUROSE OBSESSIVA?

É uma das Perturbações de Ansiedade, uma condição que é potencialmente debilitante e pode durar toda vida de uma pessoa. A pessoa que sofre de NEUROSE OBSESSIVA fica presa num padrão de pensamentos e comportamentos repetitivos que são angustiantes mas muito difíceis de superar.

A NEUROSE OBSESSIVA ocorre desde uma faixa leve à grave. Enquanto mais leve poderá, num primeiro momento, poderá não interferir de forma profunda na vida da pessoa, no entanto, quando não é tratada agrava-se, podendo destruir as capacidades de trabalho, o funcionamento escolar e as relações sociais.

Sintomas e Sinais


Embora os sintomas associados à NEUROSE OBSESSIVA sejam descritos e muitas vezes associados com a adolescência ou início da idade adulta, é comum em clínica surgirem crianças com sinais obsessivos evidentes. Estudos indicam que pelo menos um terço dos casos de adultos com NEUROSE OBSESSIVA começou com sintomas na infância.

· Obsessões - Pensamentos intrusivos, desagradáveis ​​e que produzem um alto nível de ansiedade.

· Ideias ou impulsos não desejados que retornam repetidamente na mente;

· Temores e Medos persistentes de que algo vai acontecer a si próprio ou a outros importantes para a pessoa;

· Preocupação com contaminações (p.e. lavar as mãos repetidamente);

· Necessidade excessiva em fazer as coisas correctamente ou perfeitamente (fechar o carro ou a porta de casa várias vezes);

· Compulsões - Comportamentos repetitivos denominados de resposta às suas obsessões.

· Lavar e verificação constante;

· Contagem (muitas vezes durante a execução de outra acção compulsiva, como a lavagem das mãos);

· Arrumação interminável de objectos, por exemplo o alinhamento preciso dos objectos;

· Repetição de frases ou fazer listas;

Estes comportamentos surgem como forma de controlo da angústia sentida pela pessoa com NEUROSE OBSESSIVA. Para algumas pessoas estes rituais podem dar um alívio da ansiedade, mas apenas esta revela-se temporária. As pessoas com NEUROSE OBSESSIVA têm algum grau de percepção da falta de sentido das suas obsessões. Muitas vezes, especialmente quando eles estão tendo uma obsessão, pode reconhecer que as suas obsessões e compulsões são irrealistas. Outras vezes, pode não ter certeza sobre seus medos ou mesmo acreditam firmemente na sua validade.

Apesar da luta para banir os seus pensamentos indesejados e evitar os comportamentos compulsivos, e muitos podem manter os seus sintomas obsessivo-compulsivos sob controlo durante as horas de trabalho e escola, mas a resistência tende a enfraquecer ao longo dos meses ou anos e a NEUROSE OBSESSIVA torna-se tão grave que os rituais podem apropriar-se de vida dos pacientes, o que os impede de continuar as actividades fora de casa.

Aqueles que sofrem de Neurose Obsessiva geralmente tentam esconder a sua desordem ao invés de procurar ajuda. Muitas vezes bem sucedidos a esconder os seus sintomas, têm uma consequência infeliz do seu segredo pois só recebem ajuda profissional muito tempo após o início de sua doença. Neste ponto, podem ter aprendido a gerir a sua própria vida e a dos que os rodeiam – família e amigos - em torno dos seus rituais. Cria-se assim uma abrangência maior na patologia.

Tratamento


Como já foi referido a Neurose Obsessiva pode ser extremamente debilitante, tendo até sido já questionada e comparada com a psicose, pelo que deverá ter um tratamento adequado e continuado, uma vez que a origem da angústia nesta patologia é inconsciente, ou seja, não há um conhecimento real da causa.

Assim sendo, e tendo a Psicoterapia Psicanalítica como regra principal a associação livre dos pensamentos, este é o tratamento mais indicado para esta patologia, uma vez que valoriza a compreensão da própria pessoa e do contexto social e relacional em que esta se insere, não enfatizando o sintoma e permitindo como consequência a autonomia e a liberdade.

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