Ao
longo da História, a Esquizofrenia tem sido uma fonte de grandes enganos e
perplexidades. Apesar dos avanços na compreensão das causas, do curso e no
tratamento, esta patologia continua envolta em grandes dúvidas e questões por
parte do público em geral.
A
esquizofrenia é caracterizada por uma ampla gama de comportamentos incomuns que
causam uma ruptura profunda na vida das pessoas que sofrem desta perturbação,
bem como na vida dos que lhe estão próximos.
A
falta de informação assim como os receios sociais dificultam a aceitação da
doença, na medida em que é mais fácil para a grande parte da população lidar
com a ideia de uma qualquer doença física do que com a de uma doença mental. No
caso da Esquizofrenia, tratando-se de uma perturbação grave, o estigma e a
marginalização são consequências frequentes do diagnóstico.
Num
sentido mais geral, a Esquizofrenia é uma perturbação do pensamento em que um
dos sintomas característicos é a presença de delírios. Os doentes
esquizofrénicos sofrem de crenças significativamente diferentes da
realidade. Podem, por exemplo, acreditar que uma pessoa ou grupo de
pessoas estão a querer prejudicá-los de alguma forma, agredir ou até matar
(delírios paranóicos) ou podem acreditar que são pessoas importantes / famosas,
como Jesus Cristo, p.e. (delírios de grandeza). Assim como podem sofrer também
de algum tipo de alucinações. As mais comuns são alucinações auditivas, embora
possam ser também visual, táctil, ou até olfactiva.
Na
Esquizofrenia está também patente muitas vezes um embotamento afectivo, isto é,
dificuldade em mostrar emoção, assim como catatonia, caracterizada pela
cessação ou redução de movimentos.
A
esquizofrenia ocorre em cerca de 1% da população e isso parece ser
relativamente constante entre as culturas. O seu aparecimento, ou seja, o
primeiro episódio, na maioria das vezes ocorre durante o final da adolescência
ou início da idade adulta.