A Anorexia Nervosa é um dos mais comuns tipos de Transtornos Alimentares. É uma Perturbação Psicológica caracterizada de forma mais geral por um medo intenso em ganhar peso e uma limitação severa da quantidade de comida ingerida.
Se o quadro clínico clássico de Anorexia reunia três fatores: perda de peso, amenorreia (perda da menstruação) e a ausência aparente de um estado depressivo ou de uma perturbação mental grave, atualmente, a ênfase mudou para sintomas mais específicos, como uma imagem do corpo confusa, a negação de ser desejado, desespero para ser magro e medo de engordar e é comum observar esta perturbação associado a outros quadros de doença mental. Além disso, dois tipos principais de anorexia nervosa foram observados: formas puramente restritivas (onde há uma redução muito grande dos alimentos ingeridos) e formas associadas a episódios bulímicos (ingestão, em pouco tempo, de grande quantidade de comida), acompanhados por monitorização do peso, desporto excessivo, vómitos autoinduzidos, uso excessivo de laxantes e diuréticos. A anorexia nervosa ocorre frequentemente durante a adolescência, especialmente entre as mulheres (dez meninas para cada menino um), afetando entre 1 e 2 por cento da população feminina adolescente.
Sintomas
- Pesar muito menos do que é saudável.
- Medo exagerado em ganhar peso.
- Recusa em manter um peso normal.
- Imagem distorcida do próprio corpo (considerar-se acima do peso adequado ainda que estejam muito magros).
- As suas vidas focam-se no controlo do peso.
- Obsessão sobre comida, peso e fazer dieta.
- Limitar estritamente o quanto comem.
- Exercício desproporcionado, mesmo quando estão doentes.
- Vomitar ou usar laxantes ou diuréticos, para evitar o ganho de peso.
As pessoas com Anorexia, muitas vezes, negam fortemente que têm um problema e geralmente são os familiares ou amigos que obtém ajuda para eles. Se está preocupado com alguém, deve procurar ajuda rapidamente, uma vez que, com a maior taxa de morte relativamente a qualquer doença mental, entre 5% e 20% das pessoas que desenvolvem a doença, a deteção e intervenção precoce e especializada (muitas vezes através de equipas multidisciplinares) são pilares para o tratamento e recuperação para quem sofre desta patologia.