Psicóloga Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos
Psicoterapeuta de Casal e Família

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
Membro da POIESIS - Associação Portuguesa de Psicoterapia Psicanalítica de Casal e Família
Membro da AIPCF - Associação Internacional de Psicanálise de Casal e Família
Membro da EFPP - Federação Europeia para a Psicoterapia Psicanalítica


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Perturbação da Personalidade Borderline




As manifestações de Perturbações da Personalidade tornam-se visíveis muitas vezes na adolescência, continuando ao longo de vida adulta.
Historicamente, a Perturbação da Personalidade Borderline tem sido visto como um estado entre a psicose e a neurose, caracterizando-se por uma instabilidade marcante nos afectos, humor, relações interpessoais e muitas vezes na adaptação à realidade.
Os sintomas são desencadeados geralmente quando uma situação de stress psicológico ocorre, uma ameaça, uma separação ou uma perda por exemplo. Os sintomas, por vezes, tornam-se menos visíveis quando o ambiente circundante é estável, no entanto, os padrões de funcionamento mantêm-se:

Instáveis ​​relações pessoais


Pessoas com Perturbação Borderline sofrem de medo do abandono, assim, fazem tentativas desesperadas para manter relacionamentos. Apesar disso, a percepção de uma relação é tão instável que um amigo pode-se tornar inimigo devido apenas a um pequeno desentendimento.

Instável auto-imagem

Esta patologia é caracterizada pela incerteza acentuada sobre as questões importantes da vida, tais como objectivos de vida, orientação sexual, valores, escolhas da carreira ou tipo de amigos.

Emoções instáveis

O estado emocional pode variar drasticamente da euforia à ansiedade intensa ou à raiva em questão de horas ou de dias. Normalmente, essas flutuações emocionais são reacções a interacções sociais.

Pouco controle sobre os impulsos

A impulsividade imprudente pode levar a agir de forma agressiva face a outros ou levar mesmo a agir de forma auto-destrutiva, desde actos de condução perigosa ou ingestão compulsiva de alimentos ou álcool até à auto-mutilação (cortes no corpo), e em situações mais graves, o suicídio.

Esta perturbação sobrepõe-se muitas vezes a outras patologias como Depressão ou Transtornos psicóticos.

Tratamento

O objectivo da Psicoterapia é reduzir a frequência de comportamentos desajustados e permitir à pessoa uma maior adaptação à sociedade. O estabelecimento de uma relação de confiança com o Psicoterapeuta tem resultados positivos nos sintomas borderline, na medida em que o Psicoterapeuta não faz juízos de valor nem critica garantindo o apoio e compreensão constante. A terapia de grupo poderá ser, posteriormente, um complemento eficaz para a terapia individual permitindo que a pessoa experiencie os sentimentos de uma relação em grupo sem medo de repercussões e fornece também aprendizagens para relações sociais mais adaptadas fora deste ambiente. Os Medicamentos poderão ser utilizados inicialmente como complemento e forma de equilibrar o humor ou controlar os comportamentos impulsivos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Depressão na infância




O que é Depressão em crianças?
A Depressão é uma grave perturbação de humor que pode alterar a vida de uma criança. É natural que uma criança seja mal-humorada, triste ou zangada de vez em quando mas se estes sentimentos durarem semanas ou meses, podem ser um sinal de depressão.
È comum pensar que só os adultos podem ter a Depressão, no entanto, sabemos actualmente que até os bebés pode sofrer de Depressão. Os dados indicam que 2 em 100 crianças e 8 em 100 adolescentes sofrem de Depressão Grave.
Ainda assim, muitas crianças não recebem o tratamento de que necessitam, porque em parte pode ser difícil dizer a diferença entre Depressão e o mau humor normal, mas acima de tudo porque a Depressão não se manifesta numa criança da mesma forma que num adulto.

Uma criança pode estar deprimida se ele ou ela tiver:
  • Perda o interesse e motivação para fazer coisas que costumavam ser agradável
  • Dificuldade de concentração no trabalho escolar.
  • Cansaço e/ou dores 
  • Alterações nos padrões de sono (dificuldade em dormir ou dormir mais do que o habitual)
  • Alterações no apetite e peso (se sentindo mais fome ou menos fome)
  • Sentimentos de inutilidade, sem valor e sem amor
  • Pensamentos pessimistas sobre o futuro
  • Pensamentos de morte e actos de auto-flagelação.
  • Pouca vontade de estar com outras pessoas

Estes sintomas podem causar sofrimento e dificuldade em lidar com as tarefas e desempenho escolares ou afectar as relações com amigos e familiares, bem como o desenvolvimento emocional das crianças.
Algumas crianças para além dos sintomas descritos acima parecem irritáveis ao invés de tristes, pois algumas crianças negam sentir-se assim e a única queixa observável será de mau humor, irritabilidade, agressividade ou tédio, o que pode ser confuso. Como resultado, as acabam por se manifestar de outras formas como brigas ou perda de amigos. Noutros casos podem também "actuar" sobre si próprios, por exemplo, cortando-se, como forma de comunicar da sua aflição.

Como é tratada a depressão na infância?A primeira escolha para o tratamento desta perturbação é, hoje em dia, a Psicoterapia infantil (Ludoterapia – terapia através do jogo), onde são realizadas sessões individuais com a criança de modo a avaliar e a tratar as suas aflições. Às sessões individuais com a criança são, algumas vezes, realizadas sessões de família.
Dependendo do grau de sofrimento e da gravidade da situação este processo poderá ser mais longo de forma a provocar mudanças consistentes de modo a evitar o retorno dos sintomas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O que é a Perturbação bipolar?


O Perturbação bipolar, ou psicose maníaco-depressiva, é uma doença médica que causa mudanças de humor. Estas mudanças podem ser subtis ou dramáticas e, normalmente, variam muito ao longo da vida de uma pessoa, afectando igualmente homens e mulheres.
É uma patologia crónica que condiciona a vida de quem dela sofre com episódios recorrentes de mania e depressão que podem durar de dias a meses e muitas vezes desde a adolescência ou início da idade adulta.
Quais são os sintomas de mania?
Mania é a palavra que descreve a fase de maior actividade da Perturbação Bipolar e os sintomas incluem:

  • ·         Humor exultante, feliz ou irritável, ou raiva desagradável
  • ·         Aumento da actividade física e mental
  • ·         Pensamentos acelerados e fuga de ideias
  • ·         Fala mais rápida do que o habitual
  • ·         Ideias excessivamente ambiciosas, muitas vezes com planos grandiosos
  • ·         Correr riscos exagerados
  • ·         Actividades impulsivas, como gastos desmedidos, Indiscrição sexual e abuso de álcool
  • ·         Diminuição do Sono sem experimentar fadiga
Quais são os sintomas da depressão?
A depressão é a outra fase do Perturbação Bipolar. Os sintomas de depressão podem incluir:

  • ·         Perda de energia
  • ·         Tristeza prolongada
  • ·         Diminuição da actividade e da energia
  • ·         Inquietação e irritabilidade
  • ·         Incapacidade para se concentrar ou tomar decisões
  • ·         Sentimentos mais elevados de preocupação e ansiedade
  • ·         Menor interesse ou participação em actividades que normalmente beneficiam
  • ·         Sentimentos de culpa e desesperança
  • ·         Pensamentos de suicídio
  • ·         Alterações no apetite (ou comer mais ou comer menos)
  • ·         Mudança nos padrões de sono (ou dormir mais ou dormir menos)
O que é um estado de "misto"?
Um estado misto dá-se quando os sintomas de mania e depressão ocorrem ao mesmo tempo.
Como é tratado a Perturbação bipolar?
Embora não haja cura para o Perturbação bipolar, é uma doença tratável e controlável. A maioria dos casos requer tratamento ao longo da vida, e embora a medicação seja um elemento chave no tratamento de Perturbação bipolar, a Psicoterapia é também uma componente essencial na melhoria das condições de vida destas pessoas, ajudando as pessoas a compreender a doença e a internalizar habilidades para lidar com as tensões que podem desencadear episódios.

Perturbações da Personalidade





O que é uma Perturbação da Personalidade?

"Personalidade" é a palavra que se refere ao padrão de pensamentos, sentimentos e comportamentos de cada pessoa. De um modo geral, a Personalidade pode não mudar muito mas, à medida que passam por diferentes experiências ao longo da vida, as pessoas tendem a modificar as suas características de forma a se adaptarem às situações de forma mais eficaz.
No caso de pessoas com Perturbação de Personalidade a adaptação torna-se difícil. Os seus padrões de pensamento, sentimento e comportamento são mais menos flexíveis, logo têm um leque mais limitado de formas de lidar com o quotidiano, o que leva a dificuldades em estabelecer relações e manter uma vivência satisfatória.

Características de Perturbação da Personalidade

Comportamento e experiências que se desviam consideravelmente do que é socialmente esperado, nomeadamente no que se refere à percepção de si próprio (auto-imagem) e à adequação dos afectos, as dificuldades nas relações interpessoais e os comportamentos impulsivos provocam distorções da auto-imagem e dificuldades nas emoções.
O comportamento inflexível e invasivo nas mais variadas de situações pessoais e sociais, o que leva a um significante desconforto e prejuízo nas áreas de funcionamento social e de trabalho.
Os Perturbações de Personalidade geralmente tornam-se perceptíveis na adolescência ou início da idade adulta, mas às vezes poderão haver indícios na infância.

Quais são os diferentes tipos de perturbação de personalidade?
  • Estranhos, excêntricos 
Perturbação de Personalidade Paranóide: Desconfiança, suspeita: os motivos dos outros são interpretados como malévolos

Perturbação de Personalidade Esquizóide: Indiferença face às relações sociais e restrição da expressão emocional

Perturbação de Personalidade Esquizotípico: Relações interpessoais íntimas nulas, distorções cognitivas e perceptivas, condutas excêntricas

  • Teatrais, emotivos, lábeis 
Perturbação de Personalidade Anti-social

Perturbação de Personalidade Borderline: Instabilidade nas relações interpessoais, na auto-imagem e nos afectos, com impulsividade marcada

Perturbação de Personalidade Histriónico: Emocionalidade exagerada e procura constante da atenção dos outros

Perturbação de Personalidade Narcísica: Grandeza, necessidade de admiração, falta de empatia

  • Ansiosos, temerosos 
Perturbação de Personalidade de Evitamento: Inibição social, hipersensibilidade à avaliação negativa dos outros

Perturbação de Personalidade Dependente: Conduta dependente e submissa, incapacidade de tomar decisões, preocupação com o ser abandonado

Perturbação de Personalidade Obsessivo-Compulsivo: Preocupação com a ordem, perfecionismo e controlo

As várias patologias da personalidade podem mostrar-se de diferentes maneiras e compõem diferentes "modos de ser" que causam sofrimento, profundamente enraizadas nas características da pessoa, no entanto, as diferentes perturbações não são domínios distintos e em muitos casos sobrepõem-se uns aos outros. Por exemplo, alguém pode ter perturbação de personalidade borderline e também apresentam traços histriónicos, anti-sociais, ou paranóicos. Ou seja, uma pessoa pode cumprir ter características de várias perturbações diferentes, enquanto outras podem-se enquadram dentro da mesma desordem, apesar de terem personalidades muito diferentes.

Tratamento

A Intervenção Psicoterapêutica oferece às pessoas com Perturbação de Personalidade uma ajuda que permite descobrir, compreender, aceitar e modificar esses aspectos de sua personalidade que resultam em imagens distorcidas de si mesmo e distúrbios nas relações interpessoais em várias áreas de sua vida.
Apesar deste tipo de patologias poder exigir uma terapêutica farmacológica, como complemento, é fundamental a existência de uma relação terapêutica segura e eficaz de forma a ajudar a pessoa no conhecimento sobre a sua doença, como esta o afecta e promover as alterações que lhe permitirão obter a melhor adaptação das emoções, dos comportamentos impulsivos, dos padrões de pensamento e dos relacionamentos.

Limites e Educação



 
Um tema recorrente nos dias que correm é a “educação” (ou a falta dela…). É comum ouvir falar em desrespeito ou em violência face aos professores, questionando-se, por um lado, a competência dos mesmos e a sua dificuldade em impor regras e, por outro, a forma como os alunos desrespeitam a autoridade e quais os limites que lhes devem ser impostos.
Um dos papéis da escola é, sem dúvida, promover a educação dos seus alunos, mas não é menos verdade que um aluno é, antes de mais, pessoa, filho, neto, sobrinho, etc… e nasce dentro de uma família.
Parece-me por isso, a mim, que o problema da “educação” começa em casa e os “acontecimentos infelizes” passados nas escolas e que nos chegam através de meios de comunicação social (maioritariamente sensacionalistas) são o reflexo das dinâmicas familiares problemáticas, em que a regra é não haver regras… e em que muitas vezes os afectos negativos substituem os positivos e tornam-se a única forma conhecida de relação.
Actualmente vive-se no tempo do “não há tempo”, em que muitas vezes o material tenta compensar o emocional e em que os afectos são substituídos pelos objectos.
Sem receitas milagrosas ou mezinhas para oferecer na forma de educar as nossas crianças e jovens parece-me necessário criar-se tempo para “ter tempo”, para se estar nestas relações humanas.

Depressão - Sinais e Sintomas




Sentir-se triste, desmotivado, cansado ou irritado pontualmente é uma parte normal da vida, mas quando a situação se prolonga no tempo pode ser evidência de Depressão. Mais do que apenas o temporário “mal-estar”, os pontos baixos da Depressão tornam difícil a vivência do dia-a-dia e das relações interpessoais (familiar e social). Quando se está deprimido, a pessoa pode sentir-se sem esperança face à resolução do problema, no entanto, procurar ajuda técnica é o primeiro passo para superar o problema. O que é depressão? Todos nós passamos por alterações de humor. A tristeza é uma reacção normal a situações da vida, a contratempos e desapontamentos mas observa-se a utilização banalizada da palavra "depressão" para explicar estes tipos de sentimentos. Contudo, a depressão é muito mais do que tristeza. Algumas pessoas descrevem a depressão como "viver num buraco negro" mas outras pessoas deprimidas não se sentem tristeza, vazio e apatia, manifestando por sua vez irritação, agressividade e inquietação. Independentemente da manifestação dos seus sintomas, a Depressão interfere no seu dia-a-dia, provocando dificuldades na capacidade para trabalhar, estudar, comer, dormir e se divertir. Os sentimentos de desamparo, desesperança, inutilidade são intensas e o alívio, se o houver, é pequeno e pouco duradouro.

Está deprimido?
Se se identifica com alguns dos seguintes sinais e sintomas, pode estar a sofrer de Depressão: § Dores de cabeça e/ou no corpo;
            § Dormir pouco ou demais;
            § Dificuldades de concentração ou na realização de tarefas;
            § Sentimentos de desesperança e/ou desamparo;
            § Pensamentos negativos;
            § Perda ou excesso de apetite;
            § Irritabilidade ou agressiva;
            § Consumindo de álcool.

Sinais e sintomas de depressão
A Depressão varia de pessoa para pessoa, mas existem alguns sinais e sintomas comuns. É importante relembrar que esses sintomas podem ser parte de situações de vida, mas, neste caso, os sintomas são mais evidentes e duradouros. Estes sintomas tornam-se gradualmente mais evidentes, pelo que é quanto mais precoce for a intervenção menor o grau de incapacidade provocada.

Esquizofrenia



Ao longo da História, a Esquizofrenia tem sido uma fonte de grandes enganos e perplexidades. Apesar dos avanços na compreensão das causas, do curso e no tratamento, esta patologia continua envolta em grandes dúvidas e questões por parte do público em geral.
A esquizofrenia é caracterizada por uma ampla gama de comportamentos incomuns que causam uma ruptura profunda na vida das pessoas que sofrem desta perturbação, bem como na vida dos que lhe estão próximos.
A falta de informação assim como os receios sociais dificultam a aceitação da doença, na medida em que é mais fácil para a grande parte da população lidar com a ideia de uma qualquer doença física do que com a de uma doença mental. No caso da Esquizofrenia, tratando-se de uma perturbação grave, o estigma e a marginalização são consequências frequentes do diagnóstico.
Num sentido mais geral, a Esquizofrenia é uma perturbação do pensamento em que um dos sintomas característicos é a presença de delírios. Os doentes esquizofrénicos sofrem de crenças significativamente diferentes da realidade.  Podem, por exemplo, acreditar que uma pessoa ou grupo de pessoas estão a querer prejudicá-los de alguma forma, agredir ou até matar (delírios paranóicos) ou podem acreditar que são pessoas importantes / famosas, como Jesus Cristo, p.e. (delírios de grandeza). Assim como podem sofrer também de algum tipo de alucinações. As mais comuns são alucinações auditivas, embora possam ser também visual, táctil, ou até olfactiva.
Na Esquizofrenia está também patente muitas vezes um embotamento afectivo, isto é, dificuldade em mostrar emoção, assim como catatonia, caracterizada pela cessação ou redução de movimentos.
A esquizofrenia ocorre em cerca de 1% da população e isso parece ser relativamente constante entre as culturas. O seu aparecimento, ou seja, o primeiro episódio, na maioria das vezes ocorre durante o final da adolescência ou início da idade adulta.

Psicose





A Psicose caracteriza-se por grandes dificuldades no contacto com a realidade. Esta realidade é encarada de forma clivada e dicotómica, ou seja, ou é boa ou é má. Digamos que é ou preta ou branca e não existe cinzento. Assim, se por vezes parece estar tudo bem e maravilhoso, outra há em que o exterior é sentido como mau, perigoso e/ou persecutório.
Assim sendo, indivíduos com este tipo de perturbações demonstram ao longo da vida características peculiares de retraimento sobre si mesmos e dificuldades nas relações, que evidenciam frequentemente dinâmicas de Amor/Ódio.
Em fases agudas da doença poderão surgir delírios, alucinações, discurso desorganizado e comportamentos agressivos.
Trata-se de uma perturbação mental que tem características biológicas e psicológicas, pelo que muitas vezes é importante uma integração entre duas terapêuticas – Psicoterapia e Psicofarmacologia.


Ansiedade de Separação




Ansiedade de separação é um medo comum nas crianças entre 1 e 6 anos. Este termo refere-se à marcha de protesto da criança face aos pais ou às pessoas que assumem esse papel, manifestando desconforto na sua ausência e ansiedade pela antecipação de situações de separação.
A criança pode temer estranhos, mesmo sendo perto da mãe ou até nos seus braços, no entanto, a ansiedade de separação não se trata de medo de estranhos. Naturalmente, uma criança que sofre de ansiedade de separação tem receio de pessoas e situações estranhas e tenta manter o contacto físico com a mãe sistematicamente.
A Ansiedade de separação pode ser observada, por exemplo, no 1º dia de escola. Crianças que evitam o professor, que choram e se apegam às mães.
Outras experiências poderão desenvolver estas dificuldades na criança. A qualidade da relação mãe-criança e o comportamento da própria mãe durante a separação ou perdas precoces dos pais poderão provocar sintomas relacionados com a dificuldade de se separar como por exemplo, problemas de sono e dificuldades de concentração e de aprendizagem, dificuldade em brincar sozinho.
O impacto nas crianças de separação ou divórcio dos pais é difícil de se afastar de outras fontes de stress. Assim, situações comuns como comer na escola porque a mãe tem que trabalhar, a diminuição do tempo de interacção com os pais e a adaptação a novas situações provocam reacções desadaptadas devido às dificuldades que estas crianças ter a autonomia adequada à sua idade.
Muitas vezes, e apesar de tentativas dos pais em minimizar a situação, frequentemente evitando alterações na vida das crianças, todas as situações que envolvem a separação parece produzir efeitos negativos sobre o seu ajustamento psicológico e social.
Nestes casos é importante uma intervenção precoce com a finalidade de evitar o desenvolvimento posterior de patologia mais grave.

Ansiedade ou Sinal de Alerta?

Os ataques de ansiedade ocorrem de uma forma muito complicada. A maioria dos pacientes queixa-se de não poder respirar, estar prestes a d...