Psicóloga Clínica e da Saúde
Psicoterapeuta de Crianças, Adolescentes e Adultos
Psicoterapeuta de Casal e Família

Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Membro da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
Membro da POIESIS - Associação Portuguesa de Psicoterapia Psicanalítica de Casal e Família
Membro da AIPCF - Associação Internacional de Psicanálise de Casal e Família
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quarta-feira, 15 de março de 2017

Timidez e Inibição são dificuldades...






Todos nós vivemos num mundo relacional. Nenhum indivíduo se pode desenvolver completamente por si só, isolado de tudo. As relações são a ponte relacional que nos liga ao outro e que nos permite, simultaneamente a possibilidade de ser e sentir.

Se nos primeiros anos de vida as relações privilegiadas são com os pais ou cuidadores, com o crescimento existe a necessidade de outras interações de forma a promover a autonomia e o saudável desenvolvimento.

As crianças que se relacionam pouco com seus pares, que tendem a evitar contato social e apresentam, além disso, ansiedade e medo diante dos demais, são rotuladas como tímidas e retraídas.

A timidez na infância é um fenómeno ao qual se presta por vezes pouca atenção. Normalmente são crianças que “não dão muito trabalho”, pois não choram muito, não se “portam mal” e por isso, geralmente, não procuram ajuda terapêutica. Quando o fazem, costuma ser quando crianças apresentam problemas do tipo externos, como dificuldades escolares ou obsessões por exemplo. Muitos pais acreditam firmemente que é uma fase ou que os filhos são assim porque eles também o foram e que é um problema que melhorará com a idade, enquanto na escola é comum a sua inibição ser reforçada e valorizada através da valorização do seu “bom comportamento” e atenção.

Constata-se que, em geral, é solicitada menos procura de ajuda para crianças tímidas do que com as que apresentam comportamentos abertos e disruptivos, mesmo tendo-se demonstrado, repetidamente, que a timidez é um importante preditor de problemas futuros e que sua incidência é tão elevada quanto a de comportamentos mais manifestos.

Assim sendo, parece muito relevante que os profissionais que trabalham com crianças e famílias devam ser alertados para o fato de a timidez e o retraimento social serem comportamentos de risco na infância, conforme indicam descobertas de investigações realizadas nas últimas décadas sobre as dificuldades de adaptação na adolescência e vida adulta.

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